A Fitoterapia utiliza plantas medicinais em diferentes formas farmacêuticas e não recorre a fármacos de natureza química. Ela trata de diversos tipos de adoecimento.
O uso de Plantas Medicinais é milenar. Existem registros do uso sistematizado pelo Imperador Amarelo chinês que datam de 2000 a.C. Todos os povos descreveram de alguma forma a utilização das plantas como recurso terapêutico ao longo dos séculos. Assim, a história da profissão farmacêutica está atrelada a esse processo principalmente na elaboração e desenvolvimento de formas farmacêuticas que garantissem a estabilidade da formulação e facilitasse seu uso pelo paciente.
O acelerado desenvolvimento e crescimento da indústria farmacêutica no século 20 estimulou o uso de substâncias sintéticas em lugar dos recursos naturais encontrados na Natureza. Com a intensa notificação de doenças recorrentes de diagnósticos não esclarecidos e atribuídos ao uso irracional de medicamentos sintéticos, a chamada “iatrogenia”, o apelo ao retorno das plantas medicinais pela OMS (Organização Mundial de Saúde) estimulou as indústrias internacionais a desenvolverem fitofármacos voltados ao uso nos processos de adoecimento da população mundial.
Os anos de 1980 trouxeram o ‘modismo’da medicina natural ao Brasil, e com isso houve o renascimento do uso de Plantas Medicinais e de Fitoterápicos pela população brasileira.
Em 2006 foi lançado o PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) pelo governo brasileiro, que teve como uma de suas diretrizes principais a introdução da terapêutica homeopática e fitoterápica no SUS (Sistema Único de Saúde). Esse movimento trouxe o debate da homeopatia e Fitoterapia para o cenário nacional.
Fitoterapia e Plantas Medicinais
A diferença entre Plantas Medicinais e Fitoterápicos reside na argumentação conceitual de que a primeira categoria (Plantas Medicinais) encontra a justificativa de seu uso na tradição popular, mas ainda não tem estudos clínicos de segurança que relacionem as reações adversas esperadas. Já a segunda categoria (Fitoterápicos) foi estudada a partir do uso tradicional e popular, e a partir daí foram realizados ensaios clínicos que comprovassem sua eficácia e possíveis reações adversas. Esses fitoterápicos encontram-se descritos na Farmacopéia Brasileira quinta edição (2011), e disponibilizada no site da ANVISA.
Por se tratarem de produtos que ocorrem espontaneamente na Natureza, as Plantas Medicinais e os Fitoterápicos carregam perigo no seu uso, portanto a indicação deve ser criteriosa e indicada por um profissional capacitado e habilitado.
Nesse site você encontrará alguns estudos direcionados ao uso e cuidados com Fitoterápicos e Plantas Medicinais. A automedicação deve ser evitada e o acompanhamento médico é indicado.